terça-feira, abril 19, 2011

A voz do coração

É, eu sempre me inspiro lendo esse blog do PC...
Acho até que vou ter que mudar o título do meu blog pra discutindo ou comentando PC... rsrs
Mas olha só que legal esse texto... leia e depois a gente conversa....


"Estamos acostumados com a velha desculpa: embora saibamos que nosso coração conhece a melhor decisão a tomar, nunca seguimos o que ele diz – e, para compensar nossa covardia, nos convencemos de que ele estava enganado. Uma bela história de Gibran ilustra até onde nos podem levar as limitações.
O Olho disse: “vejam que bela montanha temos no horizonte!” O Ouvido tentou escuta-la, mas não conseguiu. A Mão falou: “estou tentando senti-la, mas não a encontro.” O Nariz disse: “não existe montanha, pois não sinto seu cheiro.”
E todos chegaram a conclusão de que o Olho estava enganado."

Paulo Coelho - 19-04-2011

Acho que é bem difícil ouvir a voz do coração...
São muitas as outras vozes que questionam o inconsequente e não menos esperto coração.
Primeiro que pra ouvir a voz do coração, você precisa ter intimidade com ele... pra conseguir entender o que ele diz... o que quer dizer...o que quer pedir...o que ele quer...
Por exemplo, aquele impulso de caridade... de doação, aquele impulso do abraço, ou de pegar na mão... de sustentar um olhar... de ligar... de acalentar... falar... são atitudes em que a gente ouve e obedece o coração...

As pessoas que trancam o coração, o fazem na tentativa de se proteger contra dores... dores do mundo. Podem até ouvir o coração, mas o acham tolo, medíocre, babaca... e, dessa forma preferem o abandonar, fazer com que se cale, que fique quieto e não se intrometa.

Acho que é tudo uma questão de coragem ou de medo...
Quando se aprende a viver perigosamente se entregando às paixões e aventuras, mergulhando fundo nas emoções, ouvindo claramente e atendendo à voz do coração, ficamos meio que viciados no êxtase da troca... Percebemos que dar para receber se torna fácil, e que receber é muito viciante.
Passamos a correr mais riscos...
E o risco que é justamente o que nos impede de viver isso. O medo de se expor.

O risco e o medo nos fazem fazer aquela pergunta: e agora?
Quem pode responder essa pergunta hein? Será que é o coração?

Assintindo a um filme chamado "Como você sabe", eu escutei algo que absorvi bem pra minha vida...
Que um dos grandes segredos para ser feliz é saber o que você quer e também saber pedir o que você quer...
São duas coisas muito difíceis... Temos que nos desafiar diariamente.
Mas o desafio pode começar por tentar ouvir o coração e tentar segui-lo...
Afinal, ele quer o bem e não o mal.
Ele pode errar? Dificilmente. Nós é que complicamos sempre o que é simples. Nós erramos com ele. Nos traímos, nos sabotamos, perdemos tempo precioso.


As última entrevistas em que assisti de homens de sucesso, posso até citar alguns deles: Eduardo Spohr, Caíto Maia - dono da Chili Beans, César Polvilho, Danilo Gentilli, me mostraram que esses caras, para chegarem onde estão hoje, primeiramente se viram numa situação de fracasso total.
Eles chegaram ao fim do poço e dali eles resolveram fazer algo que gostam, mesmo sendo algo muito arriscado, no sentido de retorno financeiro. Até porque, ser escritor nem sempre dá dinheiro, ser comediante também... são profissões arriscadas.

Os caras precisaram se ver numa situação sem saída pra resolverem fazer o que o coração sempre pedia.
Será que precisamos mesmo perder pra poder perceber o quanto queríamos ou precisávamos daquela coisa?
Que merda hein? Devíamos poucar trabalho, simplificar as coisas...

Ow... boa sorte pra você...

quarta-feira, abril 13, 2011

Paixão emagrece...

O que falar sobre a paixão hein?
São tantas discussões possíveis... tantas opiniões... tantas emoções como diz Roberto... rsrs
Venho debatendo esse tema na minha cabeça há muito tempo... é um assunto delicado...
de cunho individual, ou não... mas vamos lá...

Bom, vou começar nossa conversa postando um texto que li:

"A paixão faz a pessoa parar de comer, dormir, trabalhar, estar em paz.
Muita gente fica assustada porque, quando aparece, derruba todas as coisas velhas que encontra.
Ninguém quer desorganizar seu mundo. Por isso, muita gente consegue controlar esta ameaça, e são capazes de manter de pé uma casa ou uma estrutura que já está podre. São os engenheiros das coisas superadas.
Outras pessoas pensam exatamente o contrário: entregam-se sem pensar, esperando encontrar na paixão as soluções para todos os seus problemas. Colocam na outra pessoa toda a responsabilidade por sua felicidade, e toda culpa por sua possível infelicidade.
Estão sempre eufóricas porque algo de maravilhoso aconteceu, ou deprimidas porque algo que não esperavam terminou destruindo tudo.
Afastar-se da paixão, ou entregar-se cegamente a ela – qual destas duas atitudes é a menos destruidora?"
Paulo Coelho, 05-11-10, site G1

Pois é... quando ela chega, é meio avassaladora mesmo.
Eu costumo comparar a paixão à uma doença, porque deixa a pessoa mudada, meio embriagada.
O céu fica mais azul, a lua mais encantadora, percebemos as cores do jardim...
esquecemos de comer, ou melhor, perdemos a fome...
O motivo da paixão não sai da cabeça... e nos pegamos rindo sozinhos várias vezes ao dia...
Quando ela acaba ou, de certa forma, é interrompida, dói bastante... dá náuseas... é como que uma crise física e emocional de abstinência de drogas... é isso! A paixão é uma droga!
Mas outra coisa interessante é que é uma química que acontece dentro de nós mesmos, e é um descontrole total...
Mesmo que saibamos os riscos, ou melhor, que não saibamos ou não consigamos reconhecê-los... estamos lá... em cima da  prancha, querendo pular... rsrs
Nos faz ser adolescentes seja qual for nossa idade... faz cada amor ser novo... cada beijo ser único... cada toque provocar arrepios nunca sentidos... faz você voltar a ouvir músicas melosas... e abraçar mais...
faz você prestar mais atenção ao olhar... às expressões corporais...  faz acreditar num mundo mais caloroso, humano...
faz você se olhar mais no espelho, e de certa forma, se ver melhor que antes, cada dia mais...
faz o travesseiro ficar mais gostoso, e o edredon também...
faz acordar querendo dar bom dia para as plantas, para o cachorro...
a gente fica parecendo bobo mesmo.

A paixão de certa forma, acaba por ensinar, por fazer crescer os corações mais inabitados ou por fortalecer mais os corações mais vividos... seja qual for o desfecho dessa paixão... seja transformada em amor ou seja em término destruidor...

Mas será que temos realmente a opção de nos afastarmos da paixão? Eu acredito que não. Mesmo que ela tenha o dom de tirar a paz, de desordenar a vida... eu acho que não adianta fugir.
É uma prova de coragem. E fugir dela é fugir de si  mesmo, da oportunidade de se conhecer melhor e estar mais perto de suas limitações, e, se aproximar de suas próprias limitações é definitivamente um grande passo para o autoconhecimento.

Hoje eu posso dizer que posso amar e desamar se for preciso. A experiência vai nos permitindo isso. Mas mesmo assim eu voto por viver a paixão, com todos sabores e dissabores do pacote.
Porque, acima de tudo, a paixão emagrece.

terça-feira, março 15, 2011

O amor nunca morre.

Vocês já ouviram falar de inferno astral??
Pois é, eu descobri esse termo. E percebi que o negócio acontece comigo... Fui identificando os sinais.
Inferno astral é o período de trinta dias antes do seu aniverário... Um período que caracteriza por irritabilidade, intolerância, impaciência e por causa destes, alguns desentendimentos.
O aniversário é caracterizado pelo início de um novo ano para aquele que nasce naquela data, o ponto de partida. Talvez este momento é meio confuso para o indivíduo. Pra mim sempre foi caracterizado por momentos marcantes e às vezes, trágicos. Os que amo e me amam sempre sofrem. É triste.

Nesse período, não quis postar. Só ia sair merda.

Hoje quero falar sobre o amor.
O amor nunca morre.
Eu falo dos sentimentos que moram no coração. Que sentimos por pessoas que estão e passaram pela nossa vida. Seja em qualquer aspecto, até pelo fraterno.
É difícil se entregar ao amor.
Mais difícil ainda quando já se amou muito e a experiência é vasta. A gente fica mais covarde, mais egoísta.
 E, até que nos achemos merecedores ou resolvemos nos dar uma nova chance... o tempo passa.
Mas o amor nunca morre. Pode até adormecer... apaziguar... cansar de lutar... de esperar... mas não morre.
Eu acho até que o amor pode ser comparado à agua...
Ela corre nos rios, toda aventureira, curte cada curva, subida e descida do rio... olha para o céu e agradesce a passagem pelos rios da vida...
Depois ela evapora... passa por um período de reclusão, fica em meio a fumaça escura, escolhe um lugar novo, com promessas de alegrias e momentos felizes, e chega ao ponto de desaguar sobre a terra e voltar a correr pelos rios... Se aventurar de novo.
A água é o elemento mais incrível que existe... tem um imenso poder de criar e também de destruir...
É o mesmo potencial do amor. Traz ao ser que ama ou ao ser amado um poder grande... de propagar alegria ou sofrimento... leveza ou peso... carinho ou desprezo...

As escolhas que fazemos são o caminho que escolhemos...
Mas sabe o que é legal do amor?
Ele dá a chance de recomeçar... de restaurar... de recriar... de tentar de novo...
Mas ele nunca morre...

A gente tenta evitar as dores...
A gente usa diversas ferramentas para evitar as dores... as dores de se relacionar...
sarcasmo... drogas... distância... tentamos manter as pessoas ao alcance de não nos ferir...
afinal, ninguém olha para a dor como um tesouro enterrado, ninguém a quer...
Mas...
a dor ocorre quando a gente se importa...
você não pode amar alguém sem fazer a si mesmo receptivo aos problemas deles, seus medos.
Não pode escolher sempre si mesmo a qualquer outra pessoa.
Escolher você é uma defesa para estar sempre na solidão.
Você tem sempre que tentar ser alguém melhor...

A entrega ao amor é uma escolha difícil para adultos e fácil para crianças...
Adultos acham essa escolha mais difícil justamente por não classificá-las como elas devidamente são: simples...
O medo que é maior né...

Eu queria magoar menos as pessoas que eu amo.

sexta-feira, janeiro 21, 2011

Qual o tamanho do seu mundo?

O mundo é do tamanho que queremos, ou, imaginamos.
Nós que colocamos os limites.
Para alguns o limite é sua cidade, outros o estado, outros o país... e alguns afortunados têm os limites territoriais extendidos ao planeta.
Uma vez, lendo Paulo Coelho, aprendi sobre os horizontes...
Todo ser humano têm um espaço de segurança em torno de si, um raio de dois metros. Nesse espaço estamos atentos a tudo que acontece, observamos tudo, por segurança mesmo. Se um inseto voa nesse espaço percebemos imediatamente. Um objeto cai... alguém se aproxima... 
Por isso que quando alguém chega bem perto de nós para conversar, sentimos uma sensação estranha de invasão.
Esse espaço é chamado de horizonte.
Paulo fala da importância de ampliar esse horizonte. De ampliarmos esse raio o máximo que pudermos. É um exercício. Permite que você passe a observar mais distante...
São muitos benefícios... mas é uma experiência individual...
faz você ficar mais próximo do lado espiritual e observar os sutis toques que Deus nos dá...

Os limites que colocamos na nossa vida são de certa forma, reflexo de cada passo que damos na vida... desde os primeiros mesmo... aqueles dados depois de engatinharmos muito...
Reflexo da criação que nos foi imposta, mas mais ainda da personalidade de cada um. Do anseio por liberdade e aventura. Da ausência ou presença de ousadia e coragem.

Por exemplo, quando pessoas distintas vão planejar uma viagem de férias... alguns vão para uma estância turística numa cidade próxima, outros vão para o parque aquático, no sul do estado, outros vão para o litoral e outros vão pra Argentina, talvez com a mesma grana...

Mas deixando de falar sobre horizonte territorial, pensemos nos horizontes dos nossos sonhos...
Porque sonhos também têm horizontes...
A definição de horizonte é: a aparente linha que ao longe marca o limite da a terra ou o mar do céu. O olho humano encherga até 5 km, qualquer objeto depois dessa distância está atrás do horizonte, onde você não pode enxergar.
O horizonte é até onde você pode ver.
Até onde os seus sonhos chegam? Os sonhos não precisam ter a medida da nossa visão (5 km), eles podem ter a medida que você determinar.
E a medida que você amplia os horizontes dos sonhos consequentemente, você amplia os horizontes territoriais, e passa a acreditar em um mundo maior... com mais terra, mais céu... oceanos... com mais pessoas pra conhecer, com mais lugares a explorar...  passa a ansiar por novidade... por novas experiências... por aventuras...

l'amour fou...

quinta-feira, janeiro 13, 2011

O que é importante...

Eu confesso que não escrevo muito...
Na verdade eu até gostaria de escrever mais, só que em uma conversa com um amigo cheguei a conclusão que é melhor escrever textos alegres... divertidos...  Mas boa parte dos textos que tenho vontade de escrever têm uma boa dose de melancolia...
Uma vez, há muito tempo atrás, eu estava conversando sobre signos com uma grande amiga... O meu signo é peixes, o dela é câncer, ambos melosos, carinhosos... amáveis... e essas coisas que deixam as pessoas mais sensíveis e carentes... (rs) Ela tinha outra amiga pisciana, mas julgava muiiiito diferente de mim, porque ela era mais alto astral, brincalhona... e eu... mais melancólica... (rs)
Hoje eu cheguei a outra conclusão diferente dessa. Acho que piscianos oscilam em ser alegres e divertidos e melancólicos... Porque quando eu estou inspirada sou muito engraçada, e até eu mesma dou muita risada de mim... Mas a melancolia faz parte de mim... quem me conhece mais a fundo sabe disso. Devem achar que sou de fases, tenho mudanças de humor, ou TPM, ou seja lá o que for que usam pra justificar meu estado de espírito... o importante é que respeitam...
Mas quando esse amigo disse pra eu escrever coisas engraçadas eu pensei com ele que, realmente, eu não posso ficar enchendo o blog de momentos de carência, melancolia que povoam alguns dias da minha vida... e sim, o contrário.

Bom, hoje eu quis escrever porque ontem me aconteceu algo interessante... eu sonhei que morria. Já sonhei que parentes queridos morriam, mas eu morrendo ainda não tinha acontecido. Foi super estranho, porque o que foi mais forte foi a chance nula que tive para me despedir de qualquer pessoa que fosse. Eu ainda tentei, mas não deixaram. Então a dor foi grande, muito grande.
Há um tempo, eu tive a idéia de escrever uma cartinha para cada pessoa que foi e é importante na minha vida... pais, irmãos, amigos antiiigos, novos... ainda não o fiz...
E naquele momento do sonho em que eu partia, eu fiquei muito triste por não ter escrito as tais cartinhas...
Pensei em cada pessoa que eu queria me despedir e dizer que o quão importante ela foi na minha vida e o quanto eu a amava.
Foi um sonho triste, mas que faz a gente pensar no que realmente é importante na vida.
Hoje, assistindo a calamidade das enchentes e desabamentos no Rio, vendo as tragédias das família perdendo entes queridos... vendo que até as mansões foram arrasadas...
atingiu quem tem dinheiro, quem não tem...

Nem tudo na vida é só alegria né...

Amigos, aguardem suas cartinhas... mas já saibam o quanto cada um de vocês é importante pra mim... vocês que estão longe... vocês que vejo mais... vocês que sentem falta da Karlota que adora abraçar... e falar... falar...
As lembranças são tantas, de tanto carinho junto... de tantas risadas...